quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Arqueologia

Tempos pré-históricos

Desde os tempos pré-históricos se distinguem três assentamentos distintos acerca da localização atual, que possuem mais de 11.000 anos, em uma posição noroeste a respeito do Mar Morto.

Tell es-Sultan


Fundações de uma residência desenterrada no Tell es-Sultan em Jericó.
O primeiro assentamento foi localizado no atual Tell es-Sultan, a poucos quilômetros da cidade atual. No idioma árabe e em hebraico, tell significa ‘monte’ de estratos consecutivos que se acumularam pela habitação humana, igual aos estabelecimentos antigos no Oriente Médio e Anatólia. Jericó é um tipo de sítio classificado como Neolítico Pré-Cerâmico A (PPN A) e Neolítico Pré-Cerâmico B (PPN B). A habitação humana está classificada em várias fases:

Idade da Pedra

Epipaleolítico: se caracteriza por instalacões e construções de estruturas de pedra da cultura Natufiense, que comença antes de 9000 a.C, o real início do período holoceno na história geológica.

PPN A

Neolítico Pré-Cerâmico A: (8350 a.C. a 7370 a.C.), também chamado Sultaniense. Neste período se inicia a construção de um assentamento de 40.000 metros quadrados, rodeado por um muro de pedra, com uma torre de pedra no centro desse muro. Em seu interior há casas redondas de tijolos de barro ou adobe. A identidade e número de habitantes (algumas fontes dizem de 2000 a 3000 moradores) de Jericó durante o período do PPN ainda está em debate, embora seja conhecido que eles tenham domesticado farro, cevada e feijão, e caçado animais selvagens.

PPN B

Neolítico Pré-Cerâmico B: (7220 a.C. a 5850 a.C). Ampla gama de plantas domesticadas. Possível domesticação de ovelha. Aparente culto religioso envolvendo a preservação de crânios humanos, e reconstrução facial com gesso e os olhos cobertos com cascas de frutas em alguns casos.
Após a fase de assentamento do PPN A, há uma pausa nos assentamentos por vários séculos, após isso inicia-se o asentamento do PPN B, sendo fundado sobre a superfície erodida do tell. Nesta nova etapa a arquitetura consiste em edifícios retilíneos feitos de tijolos em fundações de pedra. Os tijolos foram feitos com profundas impressões do polegar para facilitar sua manipulação. Nenhum edifício tem sido escavado em sua totalidade. Normalmente, várias salas formavam uma aglomeração ao redor de um pátio central. Há um sítio de grande dimensões (6,5 x 4 m e 7 x 3 m) com divisões internas, o resto são pequenos, utilizado provavelmente para o armazenamento. Os quartos têm cores vermelhas ou róseas e os pisos foram feitos de cal, formando o que se conhece como terrazzo. Algumas impressões de esteiras feitas de canas. Os pátios têm pisos de gesso.
Kathleen Kenyon, uma das mais destacadas investigadoras dos assentamentos de Jericó, interpreta que uma das construções foi algo assim como uma capela, e que em uma das paredes tem um altar. Um pilar de pedra vulcânica foi encontrado perto desse lugar. Seus habitantes enterravam seus mortos de baixo dos pisos ou em um aterro de escombros de edifícios abandonados. Há vários enterros coletivos, há um em que todos os esqueletos se articulam totalmente, o que pode assinalar um período de exposição antes do enterro propriamente dito. Uma sepultura de A continha sete crânios. Os maxilares foram separados, a cara coberta com gesso, caracóis marinhos foram utilizados para os olhos. Nos outros sítios, se encontraram dez crânios. Os crânio modelados foram encontrados dentro do Tell Ramad e Beisamoun.

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